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Mauro Fukuda, da Oi: “Há uma tendência de evoluir para a TV paga sem STB, mas hoje o STB concentra muitas necessidades”

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O terceiro painel da última edição virtual da Nextv Series Brasil, no dia 9 de dezembro, foi intitulado “Novos modelos OTT TV para ISPs e telcos”. Lá, alguns dos principais tópicos debatidos focaram em IPTV ou alternativas pure OTT; serviços lineares associativos e VOD OTT; e novos modelos de agregação de TV para aplicativos.

A equipe de executivos da indústria reunida pela Dataxis para a discussão incluiu Jair Francisco, Diretor de Mercado da Unifique Comunicações; Oswaldo Zanguettin, Proprietário da Life Serviços de Comunicação; Nuno Sanches, General Manager – Media & Telecom da Kaltura; Mauro Fukuda, Diretor de Estratégia, Tecnologia e Arquitetura de Rede da Oi; e Tiago Bona, Technology/ Infraestructure Manager da Sumicity.

“Começamos a trabalhar em IPTV em 2009, mas a implantação comercial ocorreu em 2015”, disse Zanguettin. “O serviço foi apresentado com muita qualidade e em 2015 foi um desenvolvimento muito interessante”, acrescentou. Além disso, opinou que “atualmente, o cliente procura ter acesso de forma simples a todo o conteúdo que deseja. Hoje existe uma grande diversidade de aplicações, e a oportunidade para as operadoras é ter uma plataforma que simplifique o acesso e permita ao usuário acessar conteúdos de boa qualidade em qualquer tela”.

O executivo destacou ainda a implantação do FTTH, “para ampliar não só nossos serviços de TV, mas também nossos serviços de OTT, e aproveitar toda essa infraestrutura, que vem crescendo no Brasil”.

“Vejo uma tendência muito grande na construção de CDNs de conteúdo, CDNs compartilhados, para a ampliação do nível de atuação das operadoras quando isso se tornar realidade. Vejo isso como algo muito benéfico, tanto para os consumidores quanto para as operadoras em termos de infraestrutura, e acredito que esse modelo vai crescer a cada dia e trazer novos desafios ”, relatou Francisco. Da mesma forma, no que se refere a imaginar um futuro sem STBs, Fukuda disse que “o STB é hoje uma necessidade e, olhando para o futuro, há uma tendência de evoluir para uma TV por assinatura sem STB, mas hoje o STB concentra muitas necessidades”.

Em relação à pirataria de conteúdo, Francisco garantiu que “considerando a relevância dos ISPs no Brasil, devemos ser os catalisadores e centralizadores de conteúdo. O conteúdo deve ser acessível a todos. Cada ator tem um papel a cumprir, e o nosso é o de catalisadores, integradores e centralizadores de conteúdo”. Da mesma forma, Zanguettin disse que “é necessária uma política de combate à pirataria, porque envolve toda a indústria”.

Sobre a relevância do conteúdo local como fator diferencial ao nível do conteúdo, Francisco disse que “estamos a desenvolver algumas experiências com produtores locais. Geralmente, há interesse por parte do público no consumo desses conteúdos ”.