Segundo apurou o UOL Esporte, o Grupo Globo conseguiu uma liminar na 6ª Vara Empresarial da Justiça do Estado do Rio de Janeiro na última terça, 23 de junho, para não pagar de forma imediata o valor de USD 90 milhões, conforme previa o contrato de direitos de transmissão firmado com a FIFA, para o período entre 2015 e 2022, que deveria acontecer no próximo dia 30 de junho.
De acordo com a publicação, a Globo pretende renegociar os valores por conta da pandemia do novo coronavírus, que interferiu diretamente no calendário do futebol internacional. O contrato em questão se refere à Copa do Mundo de 2022, que será realizada no Qatar. O processo foi impetrado no último dia 16 e foi julgado em caráter de urgência.
A Globo alega que a pandemia do novo coronavírus fez todos os grupos de mídia passarem por dificuldades financeiras. Além disso, o grupo de comunicação brasileiro alega que competições da Fifa que estavam previstas para este ano foram canceladas e que isso causou prejuízo. Entre os eventos previstos para este ano estavam o Mundial de futsal e as Copas do Mundo feminina Sub-17 e Sub-20 – todos eles adiados para o próximo ano. O torneio olímpico de futebol que seria realizado nos Jogos de Tóquio-2020 também é organizado pela Fifa, mas o contrato não contempla a sua exibição.
Segundo o documento, a intenção da Globo não é rescindir o contrato, mas renegociar os valores para termos mais aceitáveis com a situação atual do mundo até o fim do acordo. Caso a Fifa se oponha, a emissora não descarta ficar sem o contrato celebrado anteriormente – ou seja, poderia ficar sem a Copa do Mundo de 2022, a depender das negociações futuras.
O pagamento está bloqueado até que a Corte Arbitral da Suíça julgue a questão do contrato entre Globo e Fifa. Ainda não existe uma previsão de quando essa decisão vai acontecer. Procurada oficialmente pelo UOL Esporte para falar sobre o processo, a Globo afirmou que “não comenta casos sob judice”.