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“O mercado de OTT brasileiro tem grande potencial de crescimento”

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Antonio Guerreiro, superintendente de Estratégia Multiplataforma do Grupo Record, falou em entrevista à NexTV Brasil sobre o desempenho da plataforma OTT PlayPlus, lançada em agosto, e o mercado de streaming no país.

– Qual o balanço dos primeiros meses da plataforma?
Estamos muito felizes com o resultado do PlayPlus. Conseguimos comprovar na prática que, de fato, o modelo de marketplace que a gente acreditava que existia desde o início era algo a se apostar. Nosso modelo de negócio, desenhado pela PwC, criou um produto de custo acessível, com uma programação plural, múltipla, que reúne outras iniciativas de OTTs que temos no mercado brasileiro. Tudo isso também foi fundamental para que o resultado desses meses desde o lançamento superasse nossas expectativas.

– Quais são os principais obstáculos das transmissões via streaming?
O principal desafio está no acesso ao serviço de dados por toda a população. Existem diversas ofertas no mercado que limitam consumo, variações de velocidade de dados e falta de abrangência em conexões móveis (3G e 4G). A equação de sucesso entre produto e distribuição para o usuário final depende de análise e evolução técnica constante.

– Quais são os conteúdos mais consumidos na plataforma?
Por questões estratégicas, não divulgamos esse tipo de informação. De maneira geral, todos os conteúdos encontram seu público e estão sendo muito bem aceitos.

– Por que a empresa decidiu desativar o R7 Play e lançar o PlayPlus?
O R7Play fez parte de nosso estudo para a criação do PlayPlus. Era preciso entender o consumo por assinatura, o modelo de negócio de canais pagos no YouTube, os formatos de entrega publicitária, entre outros pontos de análise. Como parte da ACLR, nossa network de conteúdo, o canal cumpriu seu papel e permitiu a evolução para o PlayPlus.

– Como vê o mercado OTT hoje no Brasil?
O mercado de OTT brasileiro tem grande potencial de crescimento e ainda há muito a ser explorado. Todos que investem nesse mercado estão na tentativa e erro, tentativa e acerto e na tentativa e tentativa, pois não há um só modelo a ser seguido. É um modelo que está sendo construído. Além disso, ainda estamos descobrindo o perfil do público brasileiro para este tipo de serviço: o que de fato gostam de consumir, o que os atrai para uma plataforma pode ser totalmente diferente do que os atrai para outra. Por isso, quem assumir riscos e continuar investindo em tentativas para melhorar e entregar não só conteúdo de qualidade, mas boa experiência de consumo, terá grandes chances de sucesso.

– Na sua opinião, é possível um modelo no qual cada família tem uma assinatura diferente para diferentes serviços “direct-to-consumer” ou é quase obrigatório um integrador?
Acreditamos que quanto maior a facilidade, melhor a experiência de consumo. Por isso, investimos em uma plataforma agregadora que sirva de hub de conteúdo e onde a pessoa possa escolher e montar sua própria grade de conteúdo com os canais de sua preferência. Porém, nenhum modelo é excludente, ainda há mercado para todos, pois como falei anteriormente, estamos todos aprendendo e desenvolvendo juntos este novo mercado.

PlayPlus na NexTV Series Brasil
Aline Sordili, diretora de Desenvolvimento Multiplataforma da Record TV, vai estar presente na próxima edição da NexTV Series Brasil, a conferência organizada pela Dataxis nos dias 28 e 29 de novembro no World Trade Center de São Paulo. A executiva vai participar do painel “Estratégias multitela e OTT para TV aberta”.