OTT / VOD

Emissoras de TV aberta mudando para OTT inauguram a primeira edição virtual da Nextv Séries Brasil

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A Dataxis realizou nesta quarta-feira, 9 de dezembro, a primeira edição virtual da Nextv Series Brasil, que foi oficialmente inaugurada com o painel “Emissoras de TV aberta mudando para OTT: novas estratégias”. Lá, vários tópicos relacionados foram discutidos, como as alternativas SVOD, freemium e AVOD; catch-up e monetização da biblioteca VOD; e o papel dos broadcasters de TV aberta como integradores OTT.

O painel de executivos do setor reunido pela Dataxis incluiu André Nava, Head of Digital Products do Grupo Globo; Alessandro Malerba, Diretor OTT da Record TV; André Luiz Costa, General Manager da Vibra Digital (Bandeirantes Media Group); e Thadeu Coelho, Sales Director Latam da Bitmovin.

“O desempenho da Globoplay nestes últimos 12 meses foi espectacular. A base vem crescendo consistentemente, e a gente pode atribuir isso ao conteúdo nacional de primeira linha. Ao longo de 2020, lançamos vários originais muito relevantes e, em setembro, lançamos o Globoplay+, novo pacote com canais de TV por assinatura transmitidos através da Globoplay, com canais da Globosat. Os canais estavam disponíveis somente através de um operador, e agora a gente tem mais opções de conteúdo para assinar. Também lançamos um combo com o Disney+. A gente considera que temos um produto redondo, com conteúdo relevante. Nossa ambição ao longo desta década é ser os primeiros colocados no mercado do OTT no Brasil”, disse Nava.

Em relação aos principais desafios que uma emissora de TV aberta tem que enfrentar agora para implantar um produto OTT de sucesso, Coelho disse que “a palavra ‘sucesso’ é a palavra chave, e vem muito relacionado com a monetização. Fora do Brasil, México e as tradicionais grandes audiências do mercado linear, em países como Colômbia e Chile há uma dificuldade muito grande em tecnologias de monetização. Nesses países, a gente vê que o modelo de subscrição ainda não é considerado. É uma experiência difícil fora do Brasil e México. Outro caminho é a monetização via ads. Eu vejo aqui uma barreira cultural, apesar de que os broadcasters estão tentando este modelo e de ser um grande motor financeiro da indústria. É importante aprender a vender esses comerciais de forma dirigida, personalizada e individualizada no OTT. A transição cultural está demandando um tempo maior para a América Latina, mas há um grande caminho para esses broadcasters adotarem um caminho de monetização. Hoje, nós não estamos competindo contra os canais, mas contra os tempos dos usuários”, disse o executivo.

Em relação às principais motivações para assinar um produto OTT, Costa diz que “as plataformas são muito diversas. Em um dado momento, algo é relevante para um e para outro, mas o mais importante é a relevância e a comodidade. Neste sentido, o vínculo que o subscritor tem com os conteúdos vai determinar a forma como ele consome”. Além disso, Malerba diz que “o conteúdo é o ponto inicial que faz a pessoa consumir o aplicativo A, B, C ou D”.

“Há conteúdos que hoje não fazem sentido serem cobrados”, disse Costa. “Mais há outros conteúdos que nós entendemos que eles têm um valor para fazer algum tipo de cobrança. Também há possibilidade de entregar a publicidade direcionada, e de acoplar serviços digitais como oportunidades de compras, pontuações, premiações  e outros recursos que  não são somente a cobrança da assinatura, para poder monetizar esse conteúdo, mas não existe um só caminho”.